Sobre o medo de inovar

Pedro Rivas

Doutor pela Rennes Business School (França), PMP. Professor (ESPM). Cultura, Comunicação e Sustentabilidade.

Eu não sei se acontece com você. Novos conceitos, novas metodologias, novas abordagens têm sempre algum potencial de serem vistos de forma meio atravessada num ambiente profissional, a depender de onde esteja. Seria medo?

É preciso saber que quando se trata de inovação há sempre risco. Para a gente se disponibilizar para o novo, será preciso abrir mão de alguma zona de conforto. Mas a questão não é tão simples. Geralmente esse medo está entranhado. É preciso tempo e persistência para vencê-lo.

Muitas vezes um processo de inovação envolve reunir pessoas, desenvolver dinâmicas. “Precisa abraçar?” Pergunta o engraçadinho. Pois bem. Mais difícil do que participar daquelas dinâmicas de grupo é organizá-las. Sim. Se quando você participa de uma dinâmica, você tem medo de ser solicitado pra fazer algo, talvez seja porque você não conhece o medo de ter que pedir aquilo para as pessoas. Para organizar estes encontros, você precisa marcar aquela reunião, chamar as pessoas, lidar com os atrasos, como celular das pessoas, o whatsapp, os olhares, as queixas ocultas, a pressa para ir embora, e tudo mais. Tudo isso com a pressão de no final do processo apresentar um relatório que justifique todo aquele HH investido.

Depois de iniciado o encontro, mesmo que tudo comece direito, você terá ainda todo o trabalho pela frente. E não tem jeito: você terá que lidar com os silêncios, os vazios, a imprevisibilidade, a dúvida, eventuais comentários, e a incerteza sobre resultados. Não dá pra prever o resultado de um processo que busca inovação. É isso: não dá pra prever o resultado de um processo que busca o ‘novo’.

Se acostume com isso: quem inova não sabe o que vai acontecer. O desbravador competente sabe o que está fazendo, mas desconhece o resultado. Ele simplesmente convida a todos para verem o nascer de um sol em um lugar e horário onde na realidade ele não faz a menor ideia se de fato ocorrerá. Só dá pra fazer isso acreditando em si mesmo. Acreditar onde se pisa, e acreditar que logo ali há de surgir um novo terreno pra pisar. Esse terreno é a novidade, o novo que brotou do processo de inovação. O desbravador fareja o novo que emergirá através da busca, do estudo, do preparo, do bom convívio, e principalmente da experimentação contínua.

Se inovar é uma arte, lembre-se: mesmo os grandes artistas sempre relatam o frio na barriga antes de todo show. Esse é o preço de não viver dentro de uma rotina morta, é o preço de querer se submeter ao mistério. Mas é essa energia que faz você avançar, porque você sabe na verdade que ela é inevitável, é incontornável para poder crescer e fazer o que tem que ser feito.

Por isso eu digo: da próxima vez que você quiser inovar, inove. Faça o seu trabalho de casa bem feito e realize. É preciso ter preparo, cuidado e calcular os riscos. Mas não esqueça que a vitória é feita também de persistência, coragem e cara de pau.

Eu não sei se acontece com você. Novos conceitos, novas metodologias, novas abordagens têm sempre algum potencial de serem vistos de forma meio atravessada num ambiente profissional, a depender de onde esteja. Seria medo?

É preciso saber que quando se trata de inovação há sempre risco. Para a gente se disponibilizar para o novo, será preciso abrir mão de alguma zona de conforto. Mas a questão não é tão simples. Geralmente esse medo está entranhado. É preciso tempo e persistência para vencê-lo.

Muitas vezes um processo de inovação envolve reunir pessoas, desenvolver dinâmicas. “Precisa abraçar?” Pergunta o engraçadinho. Pois bem. Mais difícil do que participar daquelas dinâmicas de grupo é organizá-las. Sim. Se quando você participa de uma dinâmica, você tem medo de ser solicitado pra fazer algo, talvez seja porque você não conhece o medo de ter que pedir aquilo para as pessoas. Para organizar estes encontros, você precisa marcar aquela reunião, chamar as pessoas, lidar com os atrasos, como celular das pessoas, o whatsapp, os olhares, as queixas ocultas, a pressa para ir embora, e tudo mais. Tudo isso com a pressão de no final do processo apresentar um relatório que justifique todo aquele HH investido.

Depois de iniciado o encontro, mesmo que tudo comece direito, você terá ainda todo o trabalho pela frente. E não tem jeito: você terá que lidar com os silêncios, os vazios, a imprevisibilidade, a dúvida, eventuais comentários, e a incerteza sobre resultados. Não dá pra prever o resultado de um processo que busca inovação. É isso: não dá pra prever o resultado de um processo que busca o ‘novo’.

Se acostume com isso: quem inova não sabe o que vai acontecer. O desbravador competente sabe o que está fazendo, mas desconhece o resultado. Ele simplesmente convida a todos para verem o nascer de um sol em um lugar e horário onde na realidade ele não faz a menor ideia se de fato ocorrerá. Só dá pra fazer isso acreditando em si mesmo. Acreditar onde se pisa, e acreditar que logo ali há de surgir um novo terreno pra pisar. Esse terreno é a novidade, o novo que brotou do processo de inovação. O desbravador fareja o novo que emergirá através da busca, do estudo, do preparo, do bom convívio, e principalmente da experimentação contínua.

Se inovar é uma arte, lembre-se: mesmo os grandes artistas sempre relatam o frio na barriga antes de todo show. Esse é o preço de não viver dentro de uma rotina morta, é o preço de querer se submeter ao mistério. Mas é essa energia que faz você avançar, porque você sabe na verdade que ela é inevitável, é incontornável para poder crescer e fazer o que tem que ser feito.

Por isso eu digo: da próxima vez que você quiser inovar, inove. Faça o seu trabalho de casa bem feito e realize. É preciso ter preparo, cuidado e calcular os riscos. Mas não esqueça que a vitória é feita também de persistência, coragem e cara de pau.